quarta-feira, 1 de abril de 2020

Coisa de pele

Eu não sei se você tem alguém que te faz arrepiar só de estar no mesmo lugar. Se você não tiver, não vai entender o que vou contar. Eu tenho essa pessoa. Estar no mesmo ambiente que ela é uma luta constante contra os meus instintos. E ela luta com os dela. É uma coisa de pele surreal, que faz transpirar gelado na nuca quando não pode rolar. Uns chamam de química, outros de sinergia, alguns só chamam de tesão. Acho que é mais que isso. Não é amor, mas não é só carne. É uma cumplicidade de corpos! Um silêncio carregado de “te quero agora”! Dito isso, vou lhes contar nosso último encontro:
Era uma Sexta Feira. Estava aquele frio pouco agradável na rua. Uma balada cheia de gente, música alta e bebida. Nada fora do comum. Naquela sedenta procura por alguém, meus olhos encontraram os dela. Arrepio, calor subindo por cada pedaço do corpo. Eu Sabia exatamente onde aquela noite iria terminar. Ela dançava com um cara, e sempre arrumava um jeito de virar pra mim e e dar aquele sorriso safado. Ela sabia do poder daquele sorriso. Tenho um ódio absurdo dessa fraqueza que ela desperta em mim. Nunca consigo dizer não. E não seria hoje que diria. 
Depois de muitos olhares, ela despediu do rapaz e foi ao banheiro. Fui atrás. Esperei ela sair e quando ela saiu nos encaramos. Não tiveram palavras, cumprimentos nem nada, quando percebi, estávamos com as bocas coladas, um beijo carregado de eletricidade. Tinha muita gente a nossa volta, algumas pessoas passaram fazendo comentários estupidos… não nos importamos. O beijo dela era incrível. Sério. Torço pra que vocês tenham oportunidade de beijar alguém que beije tão bem quanto ela. 
Ela me afastou, deu aquele sorriso vagabundo que me desconcerta todo e falou ” daqui 30 minutos, meu apartamento”! 
E foi embora. Ela sabia que eu não recusaria. Poderia estar acontecendo qualquer coisa, eu nunca falo não pra ela. Fui. 

20 minutos depois estava na porta dela. Meu orgulho não deixou subir antes. Esperei os 10 minutos e mandei msg. “Estou aqui”! Ela respondeu “sobe, a porta está aberta. Estou no banho”! Subi lentamente. Era o momento que ia acalmando meu corpo pra não fazer nenhuma besteira e estragar aquele momento. Abri a porta e fui direto pro banheiro. Estava trancada. Bati, sem graça e avisei “cheguei”. Ela só gritou “me espera na sala”! Sentei e esperei. Quase adormeci. Quando o sono estava começando a me dominar, ela apareceu na porta. Uma garrafa de vinho, duas taças, uma camisola vermelho clara. Ela era maravilhosa. Segura, dona da razão e sorridente. Torço pra que vocês conheçam alguém tão bonita quanto ela. Despertei na hora. Levantei e fui até ela. Peguei as taças, coloquei na mesa, abri a garrafa e servi. Brindamos. Demos um gole, nos olhamos, colocamos as taças sobre a mesa e nos beijamos. Beijo lento, curtindo cada movimento das nossas bocas. O corpo dela estava completamente conectado ao meu. O meu ao dela. Enquanto beijava, passei a mão por trás da sua nuca, peguei o cabelo e afastei do pescoço. Fui com a boca até sua orelha. Mordi. Ela arrepiou. Eu sabia exatamente como ela gostava. Da orelha para o pescoço, fiquei ali um pouco, enquanto sentia a respiração dela ficar mais rápida. Desci uma alça, e fui até seus seios. Eles eram bonitos, duros e de um tamanho que cabiam exatamente na minha mão. Desci a outra alça e a camisola caiu. Ela estava completamente nua e aqueles peitos lindos pareciam me encarar. Beijei cada centímetro deles, dando atenção igual aos dois. Ela se contorcia levemente. E nunca tirava aquele sorriso da cara. Aquele sorriso me motivava. Peguei ela pelas pernas e coloquei em cima da mesa. Desci até sua barriga e dei algumas mordidas leves. Estranhamente ela gostava daquilo. Da boca a vagina, cada parte do corpo dela era sensível suficiente para fazê-la arrepiar. E eu sabia disso e me dedicava igual em todas elas. Fui descendo a boca levemente, sentindo os pelos levantados no toque do meu lábio. Fui até sua virilha. Dei pequenas mordidas, até que cheguei em sua buceta. Comecei a contornar seu clitoris com a língua...eu adorava fazer aquilo nela. Chupar aquela menina me dava um prazer enorme. E era nisso que eu me dedicava. Minha língua fazia movimentos circulares e em x, aumentando e diminuindo a velocidade conforme o corpo dela me dava sinais. Nossa ligação era tão forte que eu entendia todos os sinais dela. Quando ela estava em outra dimensão de tesão, enfiei dois dedos, e fui tirando e colocando enquanto passava minha língua no grelo dela. Ela soltou gemidos baixos. Ela não era de muito barulho. Então cada gemidinho era um sinal. Depois de um logo tempo ali, ela me pediu pra parar, e quase sem conseguir falar, só mandou eu subir e penetra-lá! Foi o que fiz. Ela na mesa, deitada, eu em pé. Era perfeito. Eu conseguia ver o quanto ela era linda. E isso me motivava. Ela sorria, isso me motivava. Torço pra que vocês tenham uma motivação dessas. Tirei minha roupa, e fui colocando meu penis nela bem vagarosamente. Sentindo a temperatura aumentar. Quando terminei de colocar tudo, ela deu um gemido mais alto! E fechou o olhos como quem diz “me come gostoso”. E eu fiz, meu quadril foi aumentando a velocidade, e alternava entre uma metida forte e algumas reboladas. Ela me entrelaçou com as pernas, me dando um sinal pra aumentar a velocidade. Aumentei. Uma, duas, três metidas fortes! Eu ia gozar. Odeio gozar antes dela, mas não tinha como. Fui aumentando a velocidade até que ela grita “vai, vai, vou gozar” aumentei até que ela soltou as pernas, o corpo e pareceu não estar ali. Ela gozava sorrindo. Juro que gozei no exato momento que ela sorriu. Torço pra que vocês tenham um orgasmo tão intenso como é o nosso. Tirei meu pênis, peguei a taça de vinho e dei mais um gole. Ela disse “agora vamos pro quarto a noite está longe de acabar”. 
Levantou e foi. 
Peguei a garrafa e fui atrás. Soltei uma gargalhada boa. Estava feliz. Ela me olhou e falou “tu é doido” me beijou e voltou a andar. Ela não sabia como aquilo me renovava. E era após esses momentos que eu sabia que nunca conseguiria falar não pra ela. Ainda bem.Ela me dava momentos inesquecíveis. E, na boa, torço pra que vocês tenham momentos mágicos como esses!

sábado, 31 de janeiro de 2015

Me bagunça?

Sabe o que é? Você me bagunçou todo! Desarrumou o meu cabelo e amarrotou meus lençóis, sujou a minha boca de batom vermelho e nas costas marcas de unha! Pela casa, roupas jogadas e no travesseiro o seu cheiro. Você me bagunçou por inteiro! Fez todos os meses serem janeiro, todos os dias um domingo de preguiça, sexo e pés pra fora do cobertor! Era alucinante e cada encontro uma viagem pro meu interior. Com você eu me conheci, descobri anseios e medos e tive acesso a sentimentos que eu jamais tinha sentido! É que você me tranformou com essa bagunça. E depois de ti, tudo que passou não teve mais o mesmo impacto, perdeu-se a graça todas as vezes que tentei te esquecer e percebi que a mesmice acumulada nas pessoas não me satisfazia! Os outros corpos não encaixavam da mesma forma e as unhas não cravavam tão bem quanto as tuas, e as marcas de batom na minha boca me davam nojo! Depois de gozar e matar a vontade da carne, minha vontade era sumir ou que fosse você ali! E nessa burrice de tentar me divertir eu percebi que sem amor, não é a mesma coisa, não tem o mesmo sabor! Meu amor, volta logo e me bagunça tudo de novo! Sua bagunça intensa acalma meu coração!

Autor; Luiz Felipe Paz

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Coração sorridente

Minha pequena, meu coração se alegra com a sua visita, ele se enche de luz e em paz, ele sorri. De portas abertas ele te recebe... casa limpa e perfumada, toda bem decorada, pra você entrar e se aconchegar. Ele se faz abrigo, simples e iluminado e ao fundo a canção que nos embala no tocar dos corpos. Na porta uma placa: ‘Sua morada, minha menina’ e no meu rosto um sorriso escapole, eu todo bobo com a sua chegada. Você chega de mansinho, me encara lentamente, me da um beijo longo de presente e um abraço apertado. Desses que trazem guardado tanta historia pra viver. O destino sorri orgulhoso, não tinha como ser diferente, o mundo girou lentamente, mas pareceu parar, quando a gente se esbarrou novamente. Estava escrito em algum lugar, quando é amor, não adianta tentar. O corpo pode até se satisfazer, mas o coração não consegue sorrir, ele precisava de você aqui, pra poder gargalhar. Quando te vejo, meu corpo treme, minha alma se enche, minha mente entra em curto circuito. Minha mão gela, meus olhos brilham. Você consegue me ganhar no olhar. E te olhando assim, tão perto de mim, contando historias tão cheias de gestos e vida, eu só consigo pensar: Tive a liberdade que eu quis e não me encontrei. Como é bom ser livre pra escolher amar você e me reconhecer. Você aqui, rindo das minhas idiotices eu me sinto tão pleno. Como é bom poder ser eu, sem ter que me fantasiar de mentiras, pra agradar quem não me importa em nada. Amar você é me amar e sentir que sou muito feliz sozinho e que dividir essa felicidade com você, é divertido pra cacete.

Autor: Luiz Felipe Paz

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Quer dançar na chuva?



Você quer dançar na chuva? E me abraçar toda molhada? Quer me beijar na boca, me tirar a roupa e deixar rolar?!! Olhos fechados, mão na sua bunda, uma intensidade fora do normal e pingos no meu rosto.  Medo de abrir os olhos e ver que aquilo é um sonho. Sinto a chuva cair, você me aperta ao gozar, minhas costas ficam cravadas com a sua unha e meus lábios sentem a sua mordida de prazer e mesmo assim ainda parece ser um sonho. Você tem orgasmos, joga a cabeça pra trás e parece querer sentir cada gota de chuva no seu corpo, você está em transe, curtindo aquele momento como nunca. Depois, parece voltar a orbita, você me abraça e diz que quer entrar, que está com frio. E, deitados na cama, você se aconchega em meu colo e me diz sobre as angustias de se entregar a mim. Nem tanto de corpo, mas a entrega de mente, alma e coração te causam medo. Eu sei, não pareço ser confiável agora e aquele temporal que antes era musica para o nosso sexo, agora reflete nossa estado emocional. Estamos confusos e cheios de duvidas. O sexo é o melhor que já fizemos e nossos corpos, como imãs, se atraem. E isso basta? O sexo perfeito é pretexto para se jogar em um relacionamento? Não, não é e sabemos disso. Nossa historia não começou agora e passamos por muita coisa. E depois de tanto tempo, nos procuramos. Nos olhamos e o amor é tão presente quanto os arranhões que você me deixou. O amor e o bom sexo não bastam, sabemos disso. Precisamos de mais. Precisamos de um bom dialogo, de confiança e de troca mutua de cumplicidade. Precisamos de conforto e certa liberdade, precisamos do outro e da ausência do outro, quando necessária. A gente se pertence, e somos daqueles casais que nunca deixarão de ser. Obras do destino para sempre buscar o outro, somos uma espécie de complemento. Você me preenche, eu te refaço. Você me bagunça todo. Prometemos dar um tempo para organizarmos os pensamentos e fazer do amor uma semente para o relacionamento lindo que temos que viver. A gente se veste, se beija devagar, te abraço me despedindo e meio que sorrindo te vejo partir, eu sei que vai voltar. Eu nunca tive tanta certeza na vida: meus braços e o seus ainda vão se cruzar e entrelaçar nossos destinos.  E juntos, prontos pra se entregar de corpo, alma, mente e coração, vou te olhar nos olhos, dizer que te amo e perguntar: Você quer dançar na chuva?


Autor: Luiz Felipe Paz

sábado, 22 de novembro de 2014

PORRA

Tenho certa dificuldade em confiar em pessoas que abraçam todo mundo. Abraço é coisa séria, porra! A gente não distribuiu assim, como se fosse esmola. Tenho dificuldade em confiar nesses amores fáceis, frágeis e sem construção. Amor é coisa séria, porra! Tenho pé atrás com quem é amigo de todo mundo, desconfio que quem é amigo de todo mundo, no fundo não é amigo de ninguém. Gosto de gente leve de espirito, que tem bom papo, bom humor e bom senso. Gente chata é chato pra caramba. Não força! Deixa eu gostar de você de graça, na boa, não me obrigue!. Quando você quiser me abraçar e tiver verdade naquele abraço, não vou negar. Não me abrace pra conseguir alguma coisa. Eu tenho sorriso fácil, abuse disso, me conquiste me fazendo rir ou rindo de mim. Vem aberto a felicidade. Me faça rir e me ganhe. Não vem com rancor, com mal humor. Tô fora e farto de gente merda que quer fazer merda da vida dos outros. Deve ter gente que gosta, eu não. Pega seus preconceitos, seus julgamentos e coloque no bolso. Eu vou pular muito, vou dançar quando eu sentir vontade, e às vezes nem vai ser no ritmo da musica. Não me repara, não me olhe torto. Tenho memoria fraca e me divirto muitas vezes com coisas repetidas. Eu Gosto mesmo é de me divertir, eu tô aberto a diversão. Admiro gente que se doa e se empresta pro outro. Quando eu me.emprestar,devolva-me inteiro. Gosto de gestos de carinhos gratuitos e quero mesmo é gente insana por perto. Aumenta o volume e pula no ritmo e na intensidade que você quiser. É isso, faz o que quer, sem joguinho de palavras ou competição de sentimentos. Amor não se mede, quem ama, ama e pronto, não tem essa de amar mais que o outro. Tenho dificuldade de amar as pessoas, por levar tão a serio esse sentimento e achar que não é todo mundo que o merece, então, tenha certeza, se eu te amar, meu amigo, você é um cara de sorte, porque eu honro muito quem arranca esse sentimento de mim. E o mais importante que você deve saber sobre mim é: Não me empaca, não me empata. E se for pra me impedir de viver, RALA neguinho!

Autor: Luiz Felipe Paz

Ela era diferente!

Ela era diferente. Não consigo explicar, era diferente. Não sei se pelo jeito de vestir. Sempre com roupas largas, pouca maquiagem. Ela ficava linda ao natural. Não gostava de muito enfeite. Não sei se o diferente era o seu bom humor, ela estava sempre sorrindo, sempre brincando com alguma situação. Ela era engraçada. Era espontânea e todo mundo gostava dela. Ela falava com o garçom e com suas amigas do mesmo jeito, sempre com uma doçura na voz e um sorriso que hipnotizava. Não tinha frescura, comia gordura, bebia refrigerante e comia o que eu não queria mais. Não consigo explicar, sei que ela era diferente. Tinha uma vontade de cuidar dos outros, de fazer o bem. Adorava animais, e ficava com o coração apertado quando via um bicho abandonado na rua. Cara, ela usava Allstar, ouvia pagode e assistia malhação. Ela não estava nem ai pra opinião dos outros. Ela era diferente, não consigo explicar. Deve ter outras garotas extraordinárias por ai, mas nada igual ela. Minha mãe adorava, elas conversavam horas sobre diversos assuntos, ela bebia cerveja com meu pai, jogava truco com meus irmãos. Jogava vídeo game com meus amigos. Todos gostavam dela. É estranho, mas ela era diferente de tudo que eu já tinha conhecido. Ela lia livros, nos dias de hoje, que os lê? Deitávamos para ver filmes, ela dormia em quase todos, acordava, me perguntava como tinha sido, depois saia dizendo que o filme era lindo, e conseguia explicar com detalhes tudo que aconteceu, como? Ela dormiu o filme inteiro. Eu ficava bobo com tudo que aquela mulher fazia. Ela tinha um beijo diferente, aquele beijo demorado com um sorriso no final, que eterniza o beijo. Nunca mais dei beijos como aqueles. Nunca mais conheci uma mulher como aquela. Ela era diferente de tudo que eu já tinha conhecido, ela me fez viver experiências que eu nunca tinha vivido.
Um dia ela foi embora, por algum motivo, não demos certo. Ou demos, por um tempo, mas acabou. E eu nunca encontrei alguém como ela, com aquela capacidade incrível de me mudar, de me fazer ser melhor. Eu percebi que não era ela que era diferente. Era o dom que ela tinha de me fazer ser diferente, me fazer ser bom todos os dias. Ela era tão simples em tudo, e tão grande em tudo, que eu me sentia o melhor cara do mundo. O jeito que ela arrumava o cabelo, dando um nó atrás, com movimentos rápidos, e fazendo isso conversando comigo e prestando atenção no assunto, me fascinava. Coisas idiotas que ela fazia me deixavam encabulado, com a magnitude dela. Ela era foda, não sei se diferente das outras, mas fez a diferença pra mim, me fez diferente. E hoje, sou uma pessoa melhor, porque um dia uma menina comum, me transformou. Que ela consiga sorrir por ai, fazendo a diferença pros outros, e mudando muita gente. Porque acredito mesmo, que aquele sorriso pode mudar muita coisa nesse mundo triste.
Vá embora, minha guria, mas sorria sempre, que o poder do seu sorriso é MARAVILHOSO

Autor:Luiz Felipe Paz
Não tenta me impedir, não vem me fazer parar de rir. Não queira arrancar a criança que mora em mim. Não me vem com papo furado, não vem com mal humor pro meu lado. Deixa eu sambar feliz, deixa o povo pedir bis. Deixa espalhar alegria, destribuir magia e admirar sabedoria. Me deixa brincar de me perder no tempo, engole seus lamentos que esse sorriso que carrego comigo, partilho com os amigos e com as pessoas de bem, quem no peito tem paz, no coração amor e que a dor não é desculpa para solidão. Deixa eu brincar de ser feliz, de riscar de giz o meu destino, deixa eu ser menino e colorir meus dias com alegria. Meu propósito é fazer sorrir, espalhar paz e fazer o bem pra quem quiser receber. Meu motivo de estar aqui é pra fazer surgir a criança feliz que tem em você!

Luiz Felipe Paz